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"NESTE BLOG SERÃO ENCONTRADAS VÁRIAS ABORDAGENS SOBRE OS DIFERENTES TIPOS DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL , NA ESCOLA, DENTRO DE UMA VISÃO INCLUSIVA E PSICOPEDAGÓGICA.SEJAM BEM-VINDOS!"

Psicose Infantil



O que é Psicose



A psicose é um estado anormal de funcionamento psíquico. Pode se referir a qualquer distúrbio mental que tenha origem física ou emocional. Sua característica é a perda de contato com a realidade.



Normalmente o psicótico não percebe que perdeu por completo a noção do pensamento, percepção ou julgamento. A psicose é denominada “loucura” ou comportamento de “louco”.
Uma crise típica de psicose se caracteriza por alguns ou todos esses sintomas: alucinações auditivas, visuais ou olfativas; sensações e desconfiança de estar sendo observado, provocado, gozado, comentado, controlado, perseguido, vigiado, traído; sensação de que o ambiente está estranho; agitação; confusão; agressividade; insônia; sensação de que os mais diversos fatos não são coincidência e sim que eles têm alguma coisa a ver com ela; pensamento bloqueado, interrompido; falta de higiene e desleixo com a aparência.



 
A psicose pode ocorrer no decorrer de anos ou subitamente. A causa pode ser predisposição genética, fatores exógenos orgânicos, porém desencadeados por fatores ambientais, psicosociais, uma situação estressante, por exemplo, pode desencadear uma psicose.



Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola


A PSICOSE NA INFÂNCIA E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM



Sobre o desenvolvimento da criança psicótica, Kupfer (2000) afirma que, com a eclosão de uma crise, cessa-se o desenvolvimento. Esta seria uma característica básica que diferenciaria a psicose infantil da psicose no adulto, segundo a autora. A interrupção no desenvolvimento por causa de uma crise, seja temporária ou definitiva, causa danos à criança devido ao fato de haver um tempo, estipulado biologicamente, para a maturação do sistema nervoso central. Caso determinados instrumentos não sejam adquiridos/desenvolvidos em tempo hábil, há perdas irreparáveis. Então, a presença de um acmpanhamento adequado poderá inibir o surgimento de uma possível deficiência mental (VASCONCELLOS, 1996).


 Ainda segundo Vasconcellos (1996, p.51),



[...] apesar da interrupção, a cognição não é afetada completamente. A criança mantém preservadas “ilhas de inteligência”. Algumas dessas crianças lêem e escrevem, sabem fazer contas, [...], mas são ‘habilidades’ cognitivas desconectadas do afeto. São ‘conhecimentos’ que não fazem laço social, não têm a função de comunicar-se ou de responder à demanda de alguém. Lêem simplesmente, sem que isso faça laço com nada.



Nesse sentido, Kupfer e Petri (2000) alertam-nos que as crianças psicóticas aprendem muitas vezes mais do que supõe a Pedagogia. Porém, a escola nem sempre consegue visualizar esse crescimento, dado o fato de preocupar-se, na maior parte do tempo, somente com as questões da leitura e da escrita.

            

E acrescentam:



[...] as crianças psicóticas e autistas possuem ilhas de inteligência preservadas, que podem desaparecer caso não as ajudemos a lhes dar sentido. Podem – por falta de sentido, de direção, porque não são utilizadas para enlaçá-las no Outro – desaparecer, ou se transformar em estereotipias. Assim, a freqüência à escola acaba sendo um instrumento crucial, se não de crescimento, ao menos de conservação das capacidades cognitivas já adquiridas (KUPFER e PETRI 2000, p. 116).



 Isto nos leva a afirmar o valor que a escola pode adquirir para essas crianças. Mais ainda, em função de que o tratamento de psicose infantil precisa estar ancorado no estabelecimento do laço social, a escola entra como um dos possíveis veículos de socialização (ibidem).



Antes, se pensava na impossibilidade deste feito. Nos dias atuais, aventa-se sobre as possibilidades desse enlace e circulação escolar/social, baseando-se nas experiências der sucesso que se tem notícia. Exemplo disto nos é dado pelos casos relatados através da assessoria do Grupo Ponte, da Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida (USP), que tem como objetivo viabilizar a inclusão de crianças como as que tratamos aqui. Sem falar que as crianças com quadros psicóticos, incluídas em escolas regulares e que contam com atendimento terapêutico em paralelo, costumam demonstrar maior estabilidade emocional e uma mudança de postura em relação ao outro (LERNER 2001; JERUSALINSKY, 1997).



Até porque a escola é lugar de trânsito, onde circula a normalidade social. É lugar de menino e de menina. Freqüentá-la, então, dá um outro lugar no social e no familiar – o do reconhecimento. Como conseguinte, torna-se um espaço terapêutico, pois aumenta a auto-estima, assegura a circulação e o reconhecimento social, como também permite o acesso aos elementos da cultura, aspectos comumente ausentes na vida dessas pessoas (JERUSALINSKY, 1997; KUPFER, 1997).



 Saimonton Tinôco da Silva
PPGEd/UFRN

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