O
que é Dislexia

A complexidade
do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento
do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e
Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até
geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de
aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito
arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque
inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada
que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e
estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas.
Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou
à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.
A evolução
progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho
cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem
marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo
período de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o
que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas
dificuldades de aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas
tenha sido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de
descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação
e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas, como:
- que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias;
- que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;
- que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que, embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso";
- que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;
- que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".
A
dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se
tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e
desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse
grave problema, somente o faz de maneira parcial, quando não de forma
inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Hoje, os mais
abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da
população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem
muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de
cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau
significativo de dificuldades. Graus leves, embora importantes, não costumam
sequer ser considerados.
Também para
realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além
de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o
lamentável fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo
registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país.
E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus
pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia.
Ainda é de
extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a 80% o
número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de
dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam
praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles
aprendem a ler, seu nível de agressividade diminui consideravelmente.
O Dr. Norman
Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor
de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade
de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e
perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a
morte do pesquisador pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de
consenso no entendimento do que é Dislexia, começou a partir da decodificação
do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado; que
foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e lexia, como palavra.
Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia, que
está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito
como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; e lexia
que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, como
Linguagem em seu sentido abrangente.
Por toda
complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de
diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os
caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas
específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente
laboriosos, necessitando, sempre, de consenso, é imprescindível um olhar
humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia.
Dislexia é uma
específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita,
em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na
Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de
motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou
auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em
diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Dislexia, antes
de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão
individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de
maneira diferente...
Disgrafia é uma
inabilidade ou atraso no desenvolvimento da Linguagem Escrita, especialmente da
escrita cursiva. Escrever com máquina datilográfica ou com o computador pode
ser muito mais fácil para o disléxico. Na escrita manual, as letras podem ser
mal grafadas, borradas ou incompletas, com tendência à escrita em letra de
forma. Os erros ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta
ou troca de letras e números ficam caracterizados com muita frequência...
Discalculia - As
dificuldades com a Linguagem Matemática são muito variadas em seus diferentes
níveis e complexas em sua origem. Podem evidenciar-se já no aprendizado
aritmético básico como, mais tarde, na elaboração do pensamento matemático mais
avançado. Embora essas dificuldades possam manifestar-se sem nenhuma
inabilidade em leitura, há outras que são decorrentes do processamento
lógico-matemático da linguagem lida ou ouvida. Também existem dificuldades
advindas da imprecisa percepção de tempo e espaço, como na apreensão e no
processamento de fatos matemáticos, em sua devida ordem...
Deficiência de Atenção - É a
dificuldade de concentrar e de manter concentrada a atenção em objetivo
central, para discriminar, compreender e assimilar o foco central de um
estímulo. Esse estado de concentração é fundamental para que, através do
discernimento e da elaboração do ensino, possa completar-se a fixação do
aprendizado. A Deficiência de Atenção pode manifestar-se isoladamente ou associada
a uma Linguagem Corporal que caracteriza a Hiperatividade ou, opostamente, a
Hipoatividade...
Hiperatividade - Refere-se à atividade
psicomotora excessiva, com padrões diferenciais de sintomas: o jovem ou a
criança hiperativa com comportamento impulsivo é aquela que fala sem parar e
nunca espera por nada; não consegue esperar por sua vez, interrompendo e
atropelando tudo e todos. Porque age sem pensar e sem medir conseqüências, está
sempre envolvida em pequenos acidentes, com escoriações, hematomas, cortes. Um
segundo tipo de hiperatividade tem como característica mais pronunciada,
sintomas de dificuldades de foco de atenção. É uma superestimulação nervosa que
leva esse jovem ou essa criança a passar de um estímulo a outro, não
conseguindo focar a atenção em um único tópico. Assim, dá a falsa impressão de
que é desligada mas, ao contrário, é por estar ligada em tudo, ao mesmo tempo,
que não consegue concentrar-se em um único estímulo, ignorando outros...
Hipoatividade - A
Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade psicomotora, com
reação lenta a qualquer estímulo. Trata-se daquela criança chamada
"boazinha", que parece estar, sempre, no "mundo da lua",
"sonhando acordada". Comumente o hipoativo tem memória pobre e
comportamento vago, pouca interação social e quase não se envolve com seus
colegas... e Sinais
Na Primeira Infância:
1 - atraso no desenvolvimento motor desde a
fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso ou deficiência na aquisição da
fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras;
3 - parece difícil para essa criança entender
o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade
motora;
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada
com muita freqüência;
9 - dificuldades para aprender a andar de
triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros
anos escolares.
Observação:
Pesquisas científicas neurobiológicas
recentes concluiram que o sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia
em uma criança, pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua
deficiente percepção fonética. Quando este sintoma está associado a outros
casos familiares de dificuldades de aprendizado - dislexia é, comprovadamente,
genética, afirmam especialistas que essa criança pode vir a ser avaliada já a
partir de cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa
remediativo, que pode trazer as respostas mais favoráveis para superar ou
minimizar essa dificuldade.
A dificuldade de discriminação fonológica
leva a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de
consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que
compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da sílaba. Essas
crianças podem expressar um alto nível de inteligência, "entendendo tudo o
que ouvem", como costumam observar suas mães, porque têm uma excelente
memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à
identificação do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da
percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta a
razão porque o disléxico apresenta dificuldades significativas em leitura, que
leva a tornar-se, até, extremamente difícil sua soletração de sílabas e
palavras. Por isto, sua tendência é ler a palavra inteira, encontrando
dificuldades de soletração sempre que se defronta com uma palavra nova.
Porque, freqüentemente, essas crianças
apresentam mais dificuldades na conquista de domínio do equilíbrio de seu corpo
com relação à gravidade, é comum que pais possam submete-las a exercícios nos
chamados "andadores" ou "voadores". Prática que, advertem
os especialistas, além de trazer graves riscos de acidentes, é absolutamente
inadequada para a aquisição de equilíbrio e desenvolvimento de sua capacidade
de andar, como interfere, negativamente, na cooperação harmônica entre áreas
motoras dos hemisférios esquerdo-direito do cérebro. Por isto, crianças que
exercitam a marcha em "andador", só adquirem o domínio de andar
sozinhas, sem apoio, mais tardiamente do que as outras crianças.
Além disso, o uso do andador como exercício
para conquista da marcha ou visando uma maior desenvoltura no andar dessa
criança, também contribui, de maneira comprovadamente negativa, em seu
desenvolvimento psicomotor potencial-global, em seu processo natural e
harmônico de maturação e colaboração de lateralidade hemisférica-cerebral.
A Partir dos
Sete Anos de Idade:
1 - pode ser
extremamente lento ao fazer seus deveres:
2 - ao
contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros;
3 - copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade;
3 - copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade;
5 - inventa, acrescenta ou omite palavras ao
ler e ao escrever;
6 - só faz
leitura silenciosa;
7 - ao contrário, só entende o que lê, quando
lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra;
8 - sua letra pode ser mal grafada e, até,
ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
9 - pode
omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;
10 - esquece
aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas;
11 - é mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames orais;
12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe;
13 - tem grande imaginação e criatividade;
11 - é mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames orais;
12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe;
13 - tem grande imaginação e criatividade;
14 - desliga-se
facilmente, entrando "no mundo da lua";
15 - tem dor de
barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova;
16 - porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo;
17 - baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
18 - esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;
16 - porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo;
17 - baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
18 - esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;
19 - perde-se
facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences;
20 - tem mudanças bruscas de humor;
20 - tem mudanças bruscas de humor;
21 - é
impulsivo e interrompe os demais para falar;
22 - não consegue falar se outra pessoa
estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala;
23 - é muito tímido e desligado; sob pressão,
pode falar o oposto do que desejaria;
24 - tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;
25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola;
24 - tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;
25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola;
26 - confunde
direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás;
27 - é comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros;
28 - dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano;
29 - dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada;
30 - depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;
31 - sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;
32 - é capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos ou algébricos;
33 - embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético;
34 - tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes, lugares e faces;
27 - é comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros;
28 - dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano;
29 - dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada;
30 - depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;
31 - sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;
32 - é capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos ou algébricos;
33 - embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético;
34 - tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes, lugares e faces;
35 - boa
memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;
36 - pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;
37 - pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
38 - é extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados;
39 - não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
36 - pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;
37 - pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
38 - é extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados;
39 - não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
40 - pode estar
sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como "palhaço" ;
41 - frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com a escrita;
42 - tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;
41 - frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com a escrita;
42 - tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;
43 - tolerância
muito alta ou muito baixa à dor;
44 - forte
senso de justiça;
45 - muito
sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil atingir;
46 - dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
47 - manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos;
48 - com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;
46 - dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
47 - manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos;
48 - com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;
49 - sua
escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem domínio do espaço
na página;
50 - cerca de
80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.
Crianças
disléxicas apresentam combinações de sintomas, em intensidade de níveis que
variam entre o sutil ao severo, de modo absolutamente pessoal. Em algumas delas
há um número maior de sintomas e sinais; em outras, são observadas somente
algumas características. Quando sinais só aparecem enquanto a criança é pequena,
ou se alguns desses sintomas somente se mostram algumas vezes, isto não
significa que possam estar associados à Dislexia. Inclusive, há crianças que só
conquistam uma maturação neurológica mais lentamente e que, por isto, somente
têm um quadro mais satisfatório de evolução, também em seu processo pessoal de
aprendizado, mais tardiamente do que a média de crianças de sua idade.
Pesquisadores
têm enfatizado que a dificuldade de soletração tem-se evidenciado como um
sintoma muito forte da Dislexia. Há o resultado de um trabalho recente,
publicado no jornal Biological Psychiatry e referido no The Associated Press em
15/7/02, onde foram estudadas as dificuldades de disléxicos em idade entre 7 e
18 anos, que reafirma uma outra conclusão de pesquisa realizada com disléxicos
adultos em 1998, constando do seguinte:
que quanto melhor uma criança seja capaz de
ler, melhor ativação ela mostra em uma específica área cerebral, quando
envolvida em exercício de soletração de palavras. Esses pesquisadores usaram a
técnica de Imagem Funcional de Ressonância Magnética, que revela como
diferentes áreas cerebrais são estimuladas durante atividades específicas. Esta
descoberta enfatiza que essa região cerebral é a chave para a habilidade de
leitura, conforme sugerem esses estudos.
Essa área, atrás do ouvido esquerdo, é chamada região ocipto-temporal esquerda. Cientistas que, agora, estão tentando definir que circuitos estão envolvidos e o que ocorre de errado em Dislexia, advertem que essa tecnologia não pode ser usada para diagnosticar Dislexia.
Essa área, atrás do ouvido esquerdo, é chamada região ocipto-temporal esquerda. Cientistas que, agora, estão tentando definir que circuitos estão envolvidos e o que ocorre de errado em Dislexia, advertem que essa tecnologia não pode ser usada para diagnosticar Dislexia.
Esses
pesquisadores ainda esclarecem que crianças disléxicas mais velhas mostram mais
atividade em uma diferente região cerebral do que os disléxicos mais novos. O
que sugere que essa outra área assumiu esse comando cerebral de modo
compensatório, possibilitando que essas crianças conseguiam ler, porém somente
com o exercício de um grande esforço.
Disléxicos Famosos:
Hans Christian Andersen, além de outros livros infantis é autor de O Patinho Feio, história que bem reflete estados psicológicos de um disléxico severo, sua baixa auto-estima, a consciência de seu potencial. Esse livro foi traduzido em muitos idiomas através de quase todo o mundo. Por causa de sua severa disgrafia, suas histórias foram ditadas a um escriba.
Andersen teve sérias dificuldades na escola e, durante toda a sua vida, não conseguiu aprender a soletrar e a escrever em sua língua nativa.
Cher, cantora e
atriz: "Meus dias na escola foram muito difíceis. Eu só conseguia aprender
quase tudo, através de meu canal auditivo. Por isto, em meu boletim sempre
constava a seguinte observação: "Não se valeu de todo seu potencial para
aprender".
Agatha Christie, escritora:
"Eu, por mim mesma, sempre me reconheci ...como a 'mais lenta' da família.
Isto era inteiramente uma verdade e eu sabia disto e aceitava isto".
Winston
Churchill: "Fui totalmente desestimulado em tudo, em meus dias de
escola. E nada é mais desencorajador do que ser marginalizado em sala de aula,
o que leva a nos sentirmos inferiores em nossa origem humana".
Tom Cruise, ator: "Eu tinha que
treinar a mim mesmo para concentrar minha atenção. Assim, me tornei muito
visual e aprendi como criar imagens mentais para poder compreender o que
lia".
Leonardo da Vinci, artista,
escultor, cientista: "Você poderia preferir um bom cientista sem
habilidades literárias, a um literata sem conhecimentos científicos".
Dr. Red Duke, físico,
âncora de TV americana: " Tenho mais que um grande interesse em
dislexia porque, como adulto, em algum lugar ao longo da linha, finalmente, descobri que 'was' não é 'saw' e que tenho uma real e boa tendência a memorizar palavras de trás para frente... Tenho boa memória; graças a Deus, posso lembrar as coisas realmente rápido. Porém quando eu era uma criança e porque ninguém sabia nada sobre dislexia, nós tínhamos que encontrar o nosso jeito de ir adiante".
dislexia porque, como adulto, em algum lugar ao longo da linha, finalmente, descobri que 'was' não é 'saw' e que tenho uma real e boa tendência a memorizar palavras de trás para frente... Tenho boa memória; graças a Deus, posso lembrar as coisas realmente rápido. Porém quando eu era uma criança e porque ninguém sabia nada sobre dislexia, nós tínhamos que encontrar o nosso jeito de ir adiante".
Thomas Alva Edison, o maior
inventor de todos os tempos: "A mais satisfatória forma de arrebatamento é
pensar, pensar e pensar".
Albert Eisntein, um dos
maiores cientistas de todos os tempos: "Quando eu lia, somente ouvia o que
estava lendo, e era incapaz de lembrar a aparência visual da palavra que
lia".
Danny Glover, ator:
"As crianças faziam piada de mim por causa da minha pele negra, de meu
nariz grande, e porque eu era disléxico. Já como ator, demorou um longo tempo
para que eu pudesse entender por que as palavras pareciam misturadas em minha
mente e eu as pronunciava de maneira diferente".
Tracey Gold, atriz:
"Você tem que lutar duramente para ter sucesso. Porém isto faz de você uma
pessoa mais forte".
Whopppi Goldberg, atriz:
"Minhas lembranças da escola não são minhas coisas favoritas...
Nós não somos estúpidos - nós temos uma deficiência e essa deficiência pode ser superada".
Nós não somos estúpidos - nós temos uma deficiência e essa deficiência pode ser superada".
Magic Johnson, jogador
americano de basquete: "Os olhares, as celebridades, os sorrisos...
Eu queria mostrar a cada um que podia fazer o meu melhor, mas, também, que eu era capaz de ler".
Eu queria mostrar a cada um que podia fazer o meu melhor, mas, também, que eu era capaz de ler".
Greg Louganis, duas vezes
ganhador de Medalha de Ouro Olímpica: "Dislexia! Este era eu; este foi meu
problema. Você não pode imaginar que alívio é para alguém com dezoito anos
saber que ele não é mentalmente retardado".
General George Patton, gênio militar
da II Grande Guerra Mundial, "Old Blood and Guts". Extraído da
biografia escrita por Martin Blumenson: " Jovem George... Embora
brilhante, inteligente e transbordando energia, ele era incapaz de ler e
escrever. Para ele, as letras impressas nas páginas pareciam-lhe de cabeça para
baixo ou impressas em sentido de direção reversa... A esposa de Patton corrigia
sua soletração, sua pontuação, sua gramática".
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